Thursday 21 November 2002

SAO PAULO S.A. SITUACAO 1 IN SAO PAULO

São Paulo S.A.
Situação # 1 COPAN
23 a 27 de novembro de 2002 - São Paulo - Brasil

Curadoria
Catherine David
Coletivo Resistência/Criação
Peter Pál Pelbart, Suely Rolnik, Denise Sant’Anna

Coordenação Geral
EXO – Experimental org.
Ligia Nobre, Cécile Zoonens

Pesquisa Urbana: Kazuo Nakano

Informações e inscrições: tel. 11- 9294 4876 exorg@uol.com.br

Sábado, 23 Novembro
Cinemateca
10:00 São Paulo, sinfonia da metrópole - 1929, Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny
11:30 Disaster movie - 1979, Wilson Barros
12:30 Conversa com Jean Claude Bernardet

Segunda, 25 Novembro
COPAN
15:00 Introdução: Catherine David
15:30 São Paulo, cidade enunciada : Ligia Nobre, Kazuo Nakano, Sophia da Silva Telles, Denise Xavier
18:00 Estética da resistência: Pablo Leon de la Barra
19:00 Plano COPAN: olho sp
20:00 A modern vernacular: Tony Chakar e Naji Assi

Terça, 26 Novembro
COPAN
15:00 Práticas estéticas contemporâneas: Catherine David e Christophe Wavelet
17:00 T.A.M.A. - Temporary Autonomous Museum for All: Maria Papadimitriou
18:00 Uma vez e outra, o outro também: Mauricio Dias e Walter Riedweg
19:00 ERRATA: Alejandra Riera

Quarta, 27 Novembro
Biblioteca Mário de Andrade
18:00 Resistência e Criação no contexto contemporâneo
Coletivo R/C: Suely Rolnik, Peter Pal Pelbart, Denise Sant’Anna
Ressonâncias
Catherine David, Christophe Wavelet, Maurizio Lazzarato e os autores
associados à São Paulo S.A.

COPAN
22:00 Encerramento: Coquetel-obra de Débora Bolsoni

A partir de um levantamento das práticas estéticas, criadas com a confluência de diversas disciplinas e experiências urbanas e sociais, São Paulo S.A. propõe uma série de situações, com o objetivo de problematizar São Paulo e legitimar uma latência de energias novas. A complexidade das situações culturais emergentes nas grandes metrópoles não-ocidentais e/ou não-européias corresponde a um conjunto de fenômenos que, recontextualizados e reativados por um dispositivo em rede, permite uma outra legibilidade da dimensão urbana.

A concepção, identificação e produção das atividades e eventos são geradas a partir do Edifício COPAN, construído pelo Arquiteto Oscar Niemeyer no início dos anos 50 e obra-símbolo do centro da cidade. A escolha deste edifício como sede de agenciamento das produções culturais e as várias articulações de seus espaços como base de ações, corresponde a diferentes diretrizes: uma configuração simbólica em diálogo estreito, flexível e permanente com a cidade; um dispositivo de recepção e montagem progressiva dos elementos da cidade e suas representações (através de reuniões, oficinas, apresentação de trabalhos, intervenções transdisciplinares); e uma concepção de novos formatos de produção, apresentação e difusão que pressupõem o agenciamento estreito e maleável das diversas atividades.

São Paulo S.A. inclui encontros, seminários, apresentações de trabalhos de diferentes autores (artistas, arquitetos, escritores e poetas), performances, inserções na cidade e publicações. Situação #1 COPAN é organizado como um dispositivo discursivo no qual as reflexões e o trabalho sobre o espaço urbano alimentam um campo de debate crítico associando vozes de diferentes horizontes (políticos, estéticos, filosóficos e urbanos) articulando interesses locais e uma dinâmica de conjunto. Paralelamente uma programação de filmes proposta e comentada por Jean-Claude Bernardet, crítico de cinema, é apresentada em colaboração com a Cinemateca de São Paulo. Oficinas, percursos urbanos e entrevistas são igualmente propostos no transcorrer desta primeira aparição de São Paulo S.A.. Em novembro de 2002, foram convidados: Alejandra Riera (Argentina, França), Maria Papadimitriou (Grécia), Pablo Leon de la Barra (México), Christophe Wavelet (França), Maurizio Lazzarato (Itália, França), Mauricio Dias e Walter Riedweg (Brasil, Suíça), Sophia da Silva Telles (Brasil), Denise Xavier (Brasil), Jean Claude Bernardet (França, Brasil), Denise Xavier (Brasil), projeto olho sp (Brasil).

Co-realização:
Ministério da Cultura da França - DAP; Consulado Geral da França em São Paulo;
AFAA - Associação Francesa de Ação Artística; Edifício COPAN; FNAC Brasil

Apoio:
Albino Advogados Associados, Audio Performance, CENDOTEC,Cinemateca Brasileira, Colégio São Paulo, Escola de Comunicação e Artes - USP, Embaixada do México - São Paulo, SESC São Paulo, MSTC, Instituto Polis, Varig.

Edifício COPAN
Mezanino - Av. Ipiranga, 200 - Acesso via loja 54

Colégio São Paulo- Biblioteca Mário de Andrade
Rua da Consolação, 94

Cinemateca Brasileira
Lgo. Senador Raul Cardoso, 207

*****

Pablo Léon de la Barra
Pablo León de la Barra (México D. F., 1972) mora e trabalha em Londres. Léon de la Barra opera na intersecção entre arte e arquitetura. Seu trabalho questiona a apropriação, variação, tradução e migração de imagens da modernidade em diferentes contextos, assim como suas manifestações pública e privada, interior e exterior. Léon de la Barra participou de diversas exposições e projetos, dentre: Coartadas/Alibis Centro de arte contemporânea Witte de With, Roterdã (2002); Import/Export. ICA. London (nov 2002); De la Representacion a la Accion, Le Plateau, Paris (2002); PR02. Puerto Rico Biennal (oct 2002); ZMVM. with Fernando Romero. Museo Carrillo Gil, Mexico City. Fundacion Proa, Argentina. StoreFront, New York. Biennale de Venecia. Expo Hannover. (2000). Foi curador de Purple Lounge and Stars, Programa Art Center, Mexico City com Elein Fleiss e Olivier Zahm (2001).
Estética da resistência :
Apresentação de trabalhos desenvolvidos recentemente, incluindo uma pesquisa sobre ocupações informais na Cidade do México e Modern Mexican Style (MMS). Em MMS, Leon de la Barra questiona a imagem dominante da Cidade do México ao mesmo tempo em que oferece uma visão geral de sua malha urbana e arquitetônica e ressalta as contradições entre arquitetura interior e exterior que se pode observar na cidade.

Jean Claude Bernardet
Professor da Escola de Comunicações e Artes / USP (aposentado), Diplomado pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris), Doutor em Artes pela ECA/USP. Autor dos seguintes ensaios entre outros: Brasil em tempo de cinema; Cinema Brasileiro: propostas para uma história; Cinema: o Nacional e o Popular; O que é cinema; Cineastas e Imagens do Povo; Trajetória crítica; Terra em transe e Os herdeiros: Espaços e poderes; Cinema e História do Brasil; O Voo dos anjos: Bressane, Sganzerla; O Autor no cinema, Historiografia clássica do cinema brasileiro. Autor dos romances: Aquele rapaz; Os Histéricos; A doença, uma experiência. Autor dos seguintes roteiros: O caso dos Irmãos Naves; Brasilia Contradições de uma cidade nova; Um céu de estrelas; Através da janela. Realizador dos filmes: São Paulo sinfonia e cacofonia; Sobre anos 60.

Débora Bolsoni
Débora Bolsoni (Brasil, 1975) é artista plástica formada pela Universidade de São Paulo. Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro e na St. Martins School of Arts, Londres. Desde 1996 participa de exposições por todo o país, além de inserir seu trabalho em espaços não institucionais. Expôs pelo projeto Rumos Visuais do Itaú Cultural em 1999/2000. Em 2002 foi pesquisadora do Museu da Imagem do Inconsciente do Instittuo Muncipal de Saúde Nise da Silveira e realizou para o projeto olho sp o trabalho "buffet de ficção" como coquetel de abertura da exposição Plano COPAN. A apropriação lúdica da inconclusão permanente dos subúrbios das grandes cidades é uma das facetas do seu trabalho.

Catherine David
Catherine David (França, 1954). Conservadora chefe dos Museus nacionais da França, ela trabalhou em diversas instituições, em particular no Museu nacional de arte moderna, Centre Georges Pompidou e na Galerie nationale du Jeu de Paume em Paris. Dirigiu a documenta X em Kassel (1997), e leciona na École du Louvre e na Université de Paris X-Nanterre. Desde janeiro de 2002 dirige o Centro de Arte Contemporânea Witte de With, em Roterdã. Através das exposições, dos programas de filmes e vídeos que organiza, e também das conferências, textos e seminários, ela atesta as direções e as mutações no espaço cultural contemporâneo.

Mauricio Dias e Walter Riedweg
Maurício Dias (Brasil) e Walter Riedweg (Suíça) trabalham juntos desde 1993 desenvolvendo trabalhos interativos no campo das artes plásticas e da performance, mais notadamente em videoinstalação. Sua obra, cuja metodologia varia do documentário à ficção livre, investiga como as psicologias privadas afetam a constituição do espaço público e vice-versa, tendo como principal característica o envolvimento direto do público no processo de execução. Este ano Dias & Riedweg, participaram da XXV Bienal de S.Paulo e do Arte Cidade Zona Leste, ambos em S.Paulo. Atualmente expõem dez videoinstalações em sua primeira grande exposição monográfica no Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro.

Maurizio Lazzarato
Maurizio Lazzarato (Itália, 1955) é sociólogo-filósofo, desenvolve pesquisa sobre invenção, inteligência e cooperação na economia (afetiva) contemporânea. Autor dentre outros de Puissances de l’Invention. La psychologie économique de Gabriel Tarde contre l’économie politique (Les Empêcheurs de Penser en rond, Paris 2002), Trabalho Imaterial (DP&A, Rio de Janeiro 2001), Immaterielle Arbeit und Subversion (ID Verlag, Berlim 1998) e Videophilosophie, zeitwahrnehmung im postfordismus (b-books, Berlim 2002).

Kazuo Nakano
Kazuo Nakano é arquiteto urbanista, graduado pela FAU - Universidade de São Paulo, pós-graduação em gestão urbana e ambiental pelo Institute for Housing and Urban Development - IHS de Rotterdam, Holanda, e mestre em Estruturas Ambientais e Urbanas pela FAU - USP com pesquisa sobre conjuntos habitacionais na periferia da cidade de São Paulo. É integrante da equipe que vem trabalhando na elaboração do Mapa da Exclusão/Inclusão Social e atua como técnico do Pólis – Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais. Coordenou assessoria técnica para a elaboração do Plano Diretor do Município de Embu e vem prestando consultorias em várias cidades para a construção de indicadores sociais e para o desenvolvimento de análises socioterritoriais como subsídios para a formulação de políticas urbanas e estratégias de regulação urbanística.
Migrações Intra-Urbanas
Um dos traços de formação mais forte da metrópole de São Paulo, que permanece até hoje, é a desigualdade socioterritorial dentre os grupos de alta e baixa renda, marcando relações tensas e conflituosas. As porções centrais da metrópole no município de São Paulo estão passando por um significativo processo de despovoamento. Em contrapartida, as áreas periféricas distantes estão passando por um intenso crescimento horizontal e de adensamento construtivo e populacional. As variáveis explicativas desse fenômeno ainda não estão claras. Porém, a constatação desse processo tem motivado muitas discussões sobre o recrudescimento dos processos de segregação e exclusão socioterritorial provocados por essa distribuição desigual da população no território da metrópole. O objetivo dessa prospecção é dar a ver traços e trajetórias desdobradas pelos grupos sociais nos processos de apropriação das terras urbanas, nas áreas de expansão e retração populacional (em colaboração com o fotógrafo Marcelo Zocchio e Ligia Nobre).

Ligia Nobre
Ligia Nobre (Brasil, 1973) é formada em Arquitetura e Urbanismo (Universidade Mackenzie), e mestre em Teoria da Arquitetura Contemporânea pela Architectural Association School of Architecture (Londres). Co-dirige a Associação sem fins lucrativos EXO – Experimental org.

Maria Papadimitriou
Maria Papadimitriou (Atenas, 1957) estudou na escola de Belas Artes de Paris de 1981 a 1986. Atualmente, ela ensina no departamento de Arquitetura da Universidade de Thelassy, Grécia, vive e trabalha em Volos e Atenas. Recentemente, Papadimitriou participou da Manifesta 4 (Frankfurt 2002) com T.A.M.A / Sentimental, parte do projeto T.A.M.A iniciado em 1998. Parte do projeto foi apresentado na Bienal de Tirana, e outra versão mais extensa na 25a Bienal de São Paulo (2002). T.A.M.A. (Temporary Autonomous Museum for All) está situado em Avliza, na periferia oeste de Atenas, a 10 km do centro da capital e próximo à nova vila olímpica. Papadimitriou estabelece uma rede extensa interdisciplinar para desenvolver facilidades, serviços e estruturas ainda não acessíveis nesta área periférica, habitada por uma comunidade de ciganos Valáquio-Romenos/Gregos. O conceito de povoado provisório, uma espécie de cidade pós-urbana móvel que oferece abrigo e atividades econômicas aos seus habitantes, fez com que Papadimitriou estabelecesse um sistema de intercâmbio e de comunicação entre ela, os habitantes, artistas, arquitetos, sociólogos e uma audiência mais larga, inspirando colaborações e ações urbanas.

Peter Pal Pelbart
Peter Pál Pelbart é filósofo. Estudioso da obra de Gilles Deleuze, traduziu para o português Pourparlers, Critique et Clinique e parte de Mille Plateaux. Escreveu sobre a concepção de tempo em Deleuze (O tempo não-reconciliado, Perspectiva, 1998), sobre a relação entre filosofia e loucura (Da clausura do fora ao fora da clausura: Loucura e Desrazão, Brasiliense, 1989 e A Nau do tempo-rei, Imago, 1993) e sobre a relação entre política e subjetividade (A vertigem por um fio: Políticas da subjetividade contemporânea, Iluminuras, 2000). É professor no Departamento de Filosofia e no Núcleo de Estudos da Subjetividade do Pós-Graduação em Psicologia Clínica da PUC-SP. Coordena uma trupe de teatro com pacientes psiquiátricos na cidade de São Paulo (Cia. Teatral Ueinzz).

olho sp
O projeto olho sp reúne artistas plásticos para a discussão e proposição de intervenções em espaços específicos de São Paulo, investigando estratégias de inserção pública da arte contemporânea. olho sp surgiu no curso de artes plásticas da Universidade de São Paulo em 1998. Realizou, em 2001, a exposição Aparelho, no Museu da Saúde – antigo Desinfectório Central da Cidade, no bairro do Bom Retiro – operando dentro do acervo original do museu. Em 2002 apresentou o Plano Copan, no edifício Copan, centro da cidade, explorando em três ações os limites entre arte e realidade. Atualmente participam do projeto os artistas Ana Luiza Dias Batista, Claudinei Roberto, Eurico Lopes, Flávia Yue, João Paulo Leite, Laura Huzak Andreato e Rodrigo Matheus.
PLANO COPAN
Rede de ações.
a. Loja 48. Camada nuclear, funciona na galeria comercial do edifício Copan. Divide-se em papelaria, consultoria de imóveis, loja de jogos e loja de artigos médicos. Insere-se diretamente no espaço-contexto real ;
b. Exposição Documental. Primeira camada derivada, ocupa o espaço convencional de exposições do edifício. Contém documentos sobre o Copan, as galerias comerciais do centro novo e a Loja 48. Comporta-se como uma espécie de mediador entre a loja-fato artístico e o público, manipulando a objetividade das informações que apresenta ;
c. Balcão de Informações. Anel externo, duplamente derivado, localiza-se na entrada principal do edifício. Contém dados sobre variados temas, disponibilizados segundo regras próprias. Conhece a Loja 48 e a Exposição Documental e cabe-lhe administrar a circulação pelo Plano Copan. Sucumbe frequentemente às mais variadas demandas da realidade.

Alejandra Riera
Alejandra Riera (Buenos Aires, 1965). Artista radicada na França desde 1989. Depois de se formar em Arte e Sociologia em Buenos Aires, cursou a École de Hautes Études em Artes Plásticas, tendo como tema de pesquisa "Do abrigo à utopia e vice-versa"; e estudos curatórios da École du Magasin, Centro de Arte Contemporânea de Grenoble/França. Implicada nas questões transculturais envolvendo políticas de representação, ela segue, desde 1995, um trabalho artístico de natureza sociológica e semiológica tendo por título: Um problema não resolvido: Layla Zana – Hiam Abbass – a fotógrafa - ,,,,, <1995-... . Esse trabalho, ainda inacabado, parte de uma interrogação sobre o tratamento dado pela mídia a certos acontecimentos históricos ligados às questões fundamentais da liberdade e da democracia e suas representações, e tenta propor algumas outras formas. É também o começo de uma forma de escrita. Ela considera sua atividade como "trabalhos em curso", e participou de inúmeras apresentações fora dos espaços convencionais de exposição, assim como em meios artísticos e institucionais. Em maio de 2001, criou, juntamente com Doina Petresco, a Association (des pas), local de pesquisas e práticas cruzadas entre arte e arquitetura vistas como formas de indagação sobre os contextos sociopolíticos.

Suely Rolnik
Suely Rolnik é psicanalista, Professora Titular da PUC/SP, coordenadora do Núcleo de Estudos da Subjetividade do Pós-Graduação de Psicologia Clínica. Em Paris, graduou-se em Filosofia, Ciências Sociais e Psicologia e pós-graduou-se em Psicologia Clínica. Entre seus livros, destacam-se Resonant Body. Art, Politics and Subjectivity (Roomade/DAP, 2003) e Micropolítica. Cartografias do Desejo, escrito em parceria com F. Guattari (Vozes, 6a edição no Brasil e no prelo nos USA, por Semiotext/MIT). Entre suas traduções, Mil Platôs vol. 3 e 4, de G.Deleuze e F. Guattari (Ed.34). Tem trabalhado assiduamente nos Estados Unidos e na Europa com conferências (entre outras, na X Documenta, em Kassel, nas universidades NYU e Columbia em Nova York, no Theater der Welt em Colônia) e publicações em livros, revistas de arte (entre outras, Parkett, Trans, Traffic, Chimères) e catálogos de exposições (entre outros, no MOCA de Los Angeles, MACBA de Barcelona, Bienal Internacional de São Paulo, Drawing Center de Nova York).

Denise Bernuzzi de Sant'Anna
Denise Bernuzzi de Sant'Anna é doutora em História das Civilizações Ocidentais pela Universidade de Paris VII, professora e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História da PUC-SP e pesquisadora do CNPq; foi professora visitante da École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris). Publicou os livros: O prazer justificado (Marco Zero, 1994), Políticas do corpo (Estação Liberdade, 1995) e Corpos de passagem (Estação Liberdade, 2001).

Tony Chakar e Naji Assi
Naji Assi (Beirute, 1969) estudou arquitetura na Academia Libanesa de Belas Artes e obteve seu C.E.A. A. sobre o tema Cidades do Oriente-Próximo, da École d’Architecture de Paris-Belleville. Atualmente, ele é responsável pelo projeto de reabilitação dos prédios do centro de Beirute, no escritório de arquitetura Sebbag. Desde 1997, ele organiza um ciclo de conferências chamado Croquis-l’écriture des lieux (esboços-a escrita dos lugares), na Academia Libanesa de Belas-Artes (ALBA). Participa regularmente de seminários sobre pesquisa urbana (arquitetura vernacular, as escadas de Beirute) e trabalhou nos seguintes projetos: A transformação da fábrica de cal em Alita, o terminal marinho no Porto de Beirute, a instalação das cabines individuais ao longo da cornija de Beirute.
Tony Chakar (Beirute, 1968) é arquiteto, artista e escritor. Participou de inúmeras exposições e projetos, incluindo Once upon a time there was a mouth, Bienal de São Paulo, 2002; Convulsive fable, Universidad Internacional de Andalucia (UNIA), 2001; 4 Cotton underwear for Tony, Townhouse gallery of contemporary art, Cairo, 2001; All that is solid melts into air, Ashkal Alwan, Beirute, 2002; A retroactive monument for a chimerical city, Ashkal alwan, Beirute, 1999; Can I come in sir, we will wait for you outside, Ayloul Festival, 1998.Rouwaysset:
Um Vernacular Moderno
Um trabalho empreendido por Tony Chakar, Naji Assi e pelos estudantes da Academia Libanesa de Belas-Artes (ALBA) em Rouwaysset, uma cidade situada na periferia ao Norte de Beirute. Uma análise crítica da visão das cidades e de suas periferias mais pobres – principalmente a visão que essas periferias representam enquanto massa incompreensível de caos e irracionalidade. Esse processo conduziu ao reexame das várias maneiras habituais de transmitir essas idéias, através da linguagem e das imagens produzidas em massa, claro, mas também, e o que é mais importante, através do desenho arquitetônico da pós-Renascença, a conseqüência lógica da perspectiva, ou ilusão do espaço narrativo em três dimensões.

Sophia da Silva Telles
Sophia da Silva Telles é historiadora e crítica de arquitetura. Mestre e Doutoranda em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Desenvolve atualmente tese de doutorado sobre questões da arquitetura brasileira, especialmente através dos arquitetos Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha. Professora de história da arquitetura moderna e contemporânea na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo /PUC Campinas. Participou de <100>, documenta X (Kassel, 1997), Seminário Internacional de Urbanismo, UFRJ (Rio de Janeiro, 2001), e Seminário Internacional Um Século de Lúcio Costa, (Rio de Janeiro, 2002), dentre outras conferências e debates.

Denise Xavier
Denise Xavier é arquiteta urbanista, graduado pela PUC de Campinas, mestre em Teoria e História da Arquitetura pela Escola de Engenharia de São Carlos - USP, com pesquisa sobre a arquitetura da década de 50 em São Paulo, em especial sobre os edifícios Copan, Conjunto Nacional, Edifício Itália e o Edifício Sede do Jornal O Estado de S. Paulo. É integrante do GruAA, grupo de estudos que vem se dedicando a estudar assuntos relativos à metrópole e à arquitetura contemporânea. Participou da organização da exposição – Malhas, Escalas, Rastros e Dobras na Obra de Peter Eisenman. MASP/93. Apresentou junto com o GruAA a instalação numero(c)idade – uma reflexão sobre os dados estatísticos da cidade de São Paulo – na mostra Bienal 50/São Paulo, 2001; na IX Bienal Internacional de Buenos Aires (Buenos Aires 2001) e na Bienal de Salamanca (Salamanca 2002).
Arquitetura Metropolitana - Década de 50
Estudo sobre uma determinada produção arquitetônica que se deu no território da cidade de São Paulo na década de 50 – edifícios ícones, exemplares paradigmáticos do viver metropolitano. Marcos de um passado-futuro que ainda nos estimula a pensar a natureza do objeto urbano.

Christophe Wavelet
Christophe Wavelet é responsável atualmente pela Divisão de Pesquisa Internacional no Centre National de la Danse (Paris, França). Professor, ele lecionou no Departamento e Artes e Filosofia da Université Paris-8 por quatro anos. Crítico cultural e de arte, seus artigos e ensaios focam principalmente sobre as artes visuais e performing arts, publicados nas Revistas Mouvement e Vacarme (para a qual também trabalhou como editor e co-diretor), em Paris. Curador, organizou em 1988 Body Currency (Seminário artístico e teórico apresentado durante o programa de dança Wiener Festwochen, Viena) e, em 2001,o Programa de Dança e Performance da Bienal Internacional BIG TORINO (Michelangelo Pistoletto, diretor artístico).

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